Freud formalizou 2 tipos de teorização da angústia, uma por volta de 1916-1917 e a outra mais tarde em 1926.
No primeiro momento, Freud e a sua psicanálise situava a
angústia como afeto decorrente do recalcamento e, por consequência, sua
condição de produto do mesmo, ou seja, a angústia era teorizada como
consequência do recalque. Mas esta perspetiva viria a ser superada numa fase
mais tardia do pensamento de Freud quando uma outra conclusão é tirada e
passando a ver a angústia como um afeto anterior e causador do recalque.
Este senhor passa então a afirmar que a angústia, para além
de ser um carácter do desprazer, vem sempre acompanhada por sensações físicas
como a falta de ar ou distúrbios cardíacos, dizendo também que a angústia é um
indício de que o princípio regulador do aparelho psíquico, que quer a obtenção
de prazer e a evitação de desprazer, falhou em sua ação. Ela avisa a
consciência de que a tentativa de obter prazer falhou originando assim uma
sensação de desprazer.
Freud indica ainda o ponto de vista histórico que
interligava as sensações provenientes da angústia a tais inervações. O tipo de
situação onde isso ocorreria seria um trauma do passado ficar para sempre na
nossa cabeça e anos mais tarde sentir angústia por estar a viver um momento
igual ou semelhante a esse trauma.
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