Um Método Perigoso
Em (Um Método Perigoso) David Cronenberg aborda a génese da psicanálise através das relações entre Sigmund Freud, Carl Jung e Sabina Spielrein.
Spielrein, apesar do nome germânico era russa e vinha de uma família judaica rica.
Estas suas raízes, a par com a sua elevada cultura e patologia, contribuiriam para catalisar os laços e as fronteiras entre Jung e Freud que neste filme são encarnados, respectivamente por Michael Fassbender e Viggo Mortensen. Estas duas representações mereceram críticas francamente positivas na imprensa especializada.
Desafiado pelo produtor Jeremy Thomas (é curioso este pormenor de “fita encomendada”) o realizador canadiano filma, afinal, o seu universo: as sombras escondidas pelas máscaras conscientes.
Cronenberg, baseando-se no texto do excelente dramaturgo Christopher Hampton (recordemos “Expiação), acrescenta profundidade ao que poderia ser apenas um filme biográfico e de época.
Sob as tensões deste triângulo notável o espectador depreende a fragilidade e firmeza de Emma Jung bem como o fantasma das duas guerras que se avizinham, com a barbárie nazi como exemplo colectivo e individual dos instintos que permanecem ocultos pela capa do progresso.
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